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Começa o ano letivo, mas greve é esperada

Data da notícia: 01/02/2012
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>Os estudantes terão as aulas suspensas após uma semana com o inicio da greve da educação em todo o estado

(Josias Brito) O ano letivo nas 38 escolas estaduais de Ji-Paraná começa hoje (1), mas a noticia de uma iminente greve com inicio para o próximo dia 9, deixou pais e alunos preocupados. Já para os alunos da rede municipal, o ano letivo começará no dia 08 de fevereiro. Conforme o Sintero (Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Estado de Rondônia), só uma resposta concreta do governador Confúcio Moura (PMDB) às reivindicações dos trabalhadores em educação poderá evitar uma greve geral no ensino público estadual.

[IMG]http://www.correiopopular.net/LKN/Minhas Imagens/20120201d.jpg[/IMG] Os funcionários da educação estiveram reunidos na última segunda-feira (30) para discutir e analisar a pauta do Governo enviado pela Secretaria Estadual de Educação ao órgão. Na reunião, os funcionários não aceitaram a proposta e deram um prazo até o dia 9 deste mês para que o governo retome a negociação e atenda a reivindicações dos servidores da educação.
A categoria não concorda com a resposta recebida do secretário de Estado da Educação e decidiu que se até o dia 9 não houver uma resposta do governador, as atividades serão paralisadas. Na maioria das regionais ficou claro que os trabalhadores em educação não vão aceitar reposição salarial de apenas 6% e cobram, principalmente, a melhoria da proposta de reajuste salarial, além de uma proposta efetiva de calendário de pagamento da licença prêmio em pecúnia, e um posicionamento claro sobre a reformulação do Plano de Carreira.
O Coordenador Pedagógico da CRE (Coordenadoria Regional de Educação em Ji-Paraná), antiga Representação de Ensino, professor Vilson Klein disse durante entrevista ao CP que 30 escolas estaduais na área urbana do município e oito escolas indígenas iniciaram as aulas hoje normalmente, como previsto no cronograma da Seduc (Secretaria Estadual de Educação) mas, com o impasse entre o sindicato e o Governo, há forte indicio de que as atividades vão paralisar no próximo dia 9. ?Em Ji-Paraná somente três escolas estaduais vão ter as aulas iniciadas no próximo dia 8, que é as dos distritos de Nova Colina e Nova Londrina e uma no município, devido ambos serem necessário o uso do transporte escolar, que é feito pelo município?, enfatizou.
O professor alerta que após mais de dois meses de férias, muitos pais encontram dificuldades para retomar a rotina. De acordo com a coordenadoria pedagógica de Ji-Paraná, os pais devem começar um trabalho de adaptação dias antes. ?Antes do primeiro dia de retomada do ano letivo, os pais devem estabelecer uma rotina gradativa e mais próxima da que será seguida a partir do início das aulas?, afirma.
Os especialistas sugerem ainda que para driblar a resistência que muitas crianças apresentam com a retomada da rotina escolar, o segredo é conversar. É o que faz Rosana Soares, mãe de Jonathas de 8 anos. ?Todo ano é aquele chororô. Ele não quer ir para escola, quer ficar em casa. Uns dias antes, eu começo a falar que está chegando o dia de voltar para a escola e rever os amiguinhos?, comenta.
Fernanda, nove anos e Marcel, de 12 anos, já fizeram o exercício da adaptação duas vezes. No entanto afirmam: até hoje fazem questão de acompanhar os filhos no primeiro dia de aula. ?Levamos até a nova sala de aula. A intenção é ficarmos tranquilos e também deixar as crianças tranquilas?, revelam.

GREVE ? Para os estudantes de Ji-Paraná e pais, a noticia de uma greve já no inicio do ano na rede estadual de ensino veio como uma bomba. Os pais e alunos, mesmo preocupados com a o atraso no ano letivo, apoiam a iniciativa dos servidores da educação. ?Não que é fácil aceitar ver seu filho com os estudos atrasados, mas se os professores e servidores da educação não tiverem uma motivação, como será a educação dos nossos filhos??, salientou Antônio Carlos de Almeida.
Para Ricardo Silveira da Silva, que disse não apoiar a greve dos servidores da educação, a paralisação é um meio de banalizar o Estado e que tudo se resolve com dialogo e não com greve. ?Não sou a favor da greve, pois creio que existam outros meios cabíveis e jurídicos que possa ser feito para que eles reivindiquem seus diretos sem ter que pararem com as atividades. Porque não fizeram isso nas férias??, destacou Ricardo Silveira.
Sobre a greve, o professor Vilson Klein destaca que a educação do Estado de Rondônia está a mais de 8 anos sem receber um reajuste salarial. ?Esta pendência vem dos governados anteriores que nunca se importaram com a educação do estado e agora acabou vindo à tona com o atual governo, que no ano passado deu um aumento de 8 por cento aos servidores da educação e agora ofereceu mais 6 por cento. Proposta esta que não foi aceita pela categoria, que deve aderir a greve se o governo não mudar a proposta?, concluiu o professor.

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